quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

[Capítulo de Livro] De Nazaré a Anchieta: a ferrovia e o desenvolvimento de um subúrbio carioca (1896-1981)

A finalidade desta pesquisa é oferecer, introdutoriamente, a análise de aspectos da história do bairro de Anchieta, no subúrbio carioca, tendo como ponto inicial a relevância da ferrovia, especificamente a Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB), em seu processo de desenvolvimento e inclusão no espaço urbano da cidade do Rio de Janeiro.

Autores: Guilherme Esteves Galvão Lopes e Vitor Guilherme Gonçalves Bispo de Almeida

Clique aqui para ler o texto completo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Aviso importante

Este blog foi por mim iniciado em 2007, com o objetivo de reunir e divulgar informações a respeito da história do nosso bairro. Apesar da nossa rica biografia, praticamente nada, pelo menos em termos acadêmicos, foi produzido sobre Anchieta de forma específica.

No ano de 2008, comecei minha graduação em História na UERJ, e de lá pra cá, a caminhada foi árdua, complementada com especialização, mestrado e agora um doutorado em andamento pela FGV. Minha pesquisa, entretanto, não tem relação com a história do bairro, e ao longo do tempo fui deixando de lado este blog por um motivo simples: fazia tudo sozinho, e não foram raras as vezes em que o conteúdo que aqui produzi foi copiado, sem ao menos ser creditado.

Hoje, cheguei em um momento da minha vida acadêmica em que tenho a possibilidade de me debruçar sobre o farto material que acumulei ao longo de quase 20 anos (o blog tem 14, mas comecei a reunir material ainda criança), e produzir algo que seja satisfatório, com o objetivo de homenagear o bairro que acolheu meus avós, ainda na década de 1940, onde cresci e vivi a maior parte dos meus 32 anos. Hoje, vivo na mesma casa em que meu pai nasceu em 1954, na mesma sala em que minha avó contava histórias pra mim e onde agora vejo meu filho balbuciar seus primeiros sons.

Daqui em diante, pela própria dinâmica da internet e das redes sociais, pretendo utilizar mais o Instagram e a página Bairro de Anchieta para divulgar fotos antigas e contar pequenas histórias do bairro, priorizando este blog para a divulgação de artigos e pesquisas mais extensas. Pretendo, ao longo do ano de 2021, iniciar a produção de artigos, sozinho ou em coautoria, sobre Anchieta e outros bairros do subúrbio igualmente esquecidos.

O objetivo é justamente este: não deixar que a nossa história seja apagada, esquecida, enterrada. Que as nossas memórias permaneçam, para esta e as próximas gerações. Temos valor e história. Vamos prosseguir na construção da nossa identidade, buscando nosso espaço no contexto da cidade do Rio de Janeiro, que infelizmente reduz sua importância às suas áreas centrais e turísticas. A história do subúrbio, da Zona Oeste e da Baixada Fluminense devem ser preservadas, e me coloco à disposição  em colaborar para esta tarefa.

Aos que quiserem e puderem dar apoio e suporte, seja com o envio de material, relatos, fotos ou até mesmo uma palavra de incentivo (é tão importante...), o e-mail continua o mesmo: historia.anchieta@gmail.com. Tudo será devidamente creditado caso seja divulgado, em qualquer meio.

Meu abraço e todos os colegas e amigos de Anchieta, e que 2021 seja um bom ano, para todos nós.

Prof. Guilherme Esteves Galvão Lopes
Mestre em História Política (UERJ)
Doutorando em História, Política e Bens Culturais (FGV)

terça-feira, 11 de junho de 2013

[Memória] Destruição da estação de Anchieta no dia da inauguração

No dia 27 de janeiro de 1989, dia da inauguração da atual estação de Anchieta, a mesma foi depredada após onda de violência desencadeada após a paralisação dos trens causada pela morte de um surfista ferroviário na estação de Juscelino.
Abaixo, matéria do Jornal do Brasil, do dia 29 de janeiro de 1989, relatando os estragos causados pela revolta popular.
 
 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Rio mais perto do padrão internacional de ensino

Avaliação de desempenho das turmas de alfabetização do município mostra que estudantes de turno único têm maior aproveitamento em Leitura, Escrita e Matemática

POR Paloma Savedra
 
Rio - Mais tempo na sala de aula, dedicação exclusiva do professor e atividades extracurriculares podem ser a fórmula para o sucesso na Educação. No último resultado do Alfabetiza Rio 2012, as escolas de turno único, com sete horas diárias, foram as campeãs no rendimento total, conforme mostrou o ‘Informe do Dia’.
A avaliação mede o desempenho das turmas de 1º ano do Ensino Fundamental — alfabetização — da rede municipal do Rio em Leitura, Escrita e Matemática. Para educadores, o método pedagógico possibilita dar mais atenção às crianças e contornar dificuldades, além de explorar seus potenciais.
Para especialista em Educação da Uerj, Bertha do Valle, a medida resgata o modelo proposto em outras décadas e se alinha a parâmetros mundiais: “A carga horária de quatro horas diárias no Brasil é espantosa e está muito abaixo dos padrões mundiais”, declarou a professora. O precursor do ensino integral no Brasil foi o educador Anísio Teixeira, na década de 1920, que deixou seguidores. Um deles, Darcy Ribeiro, foi o ‘pai’ dos Cieps, criados na década de 1980, no governo Leonel Brizola.
Primeiro no ranking entre as de turno único e em terceiro lugar na rede, o Ciep 1º de Maio, em Santa Cruz, é considerado o lar dos alunos do 1º ano, que passam o dia estudando com aulas de artes, inglês e caratê. Além disso, foi a turma 1.103 (em 2012) da escola e comandada pela professora Cacilda Almeida, 53 anos, que teve maior rendimento na rede.
“Criamos um ambiente acolhedor e letrado”, ensina Cacilda, há 13 anos como professora.
“Cada aluno tem seu potencial e dificuldade. O professor tem de estar atento”, explica a mestre Solange Joia, 33. No Ciep Fernando Pessoa — 2º colocado entre as escolas de turno único e 11º no geral —, em Parque Anchieta, os educadores dão ênfase a ouvir os alunos: “Às segundas-feiras tem assembleia com eles”, conta a diretora Nilzilenea Gouveia, 49.
 
Tecnologia como aliada na sala de aula
Boa parte dos professores valorizam a tecnologia como uma ferramenta fundamental: “Temos material multimídia em sala, com projetor e amplificador. Podemos trabalhar leitura e conhecimento com filmes. Temos salas de informática, leitura, artes e ciências”, disse a professora Aline Regina Alves, 31, que estreou no magistério ano passado: “O projeto ‘alfa e beta’ me ajudou. Ele usa o método fônico, que trabalha o som das letras, além de fantoches e alfabeto móvel, com letrinhas”.
 
Uma fábrica para construir 220 colégios
Ao todo, são 156 escolas da rede em turno único no Ensino Fundamental, desde o 1º segmento (1º ano ao 5º ano) ao 2º segmento (6º ao 9º). Ano passado, eram 116. Hoje, 17% dos alunos estão no turno único.
A meta é alcançar 35% dos alunos até 2016. Para isso, a prefeitura criou a Fábrica de Escolas, que até 2016 vai construir 220 e adaptar 70 existentes. As primeiras saem em 2014.
“Desde 2009 contratamos 21 mil professores e funcionários. Demos treinamento e estudamos as áreas com maior necessidade”, disse a subsecretária de Educação Helena Boneny.
 
(O Dia)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Escolas de Anchieta: Antonio Maceo

O General Antonio de la Caridad Maceo y Grajales (Santiago de Cuba, 14 de junho de 1845 - Punta Brava, 7 de dezembro de 1896) foi o segundo Chefe Militar do Exército Liberador de Cuba.
Conhecido como "O Titã de Bronze", Maceo foi um dos líderes independentistas mais destacados da segunda metade do século XIX na América Latina.

Existe o Centro de Estudos Antonio Maceo Grajales, que estuda sua vida e obra.

É, ao lado de José Martí, uma das figuras mais admiradas e cultuadas pela Revolução Cubana e por lutadores nacionalistas e antiimperialistas de América Latina.

Clique aqui para saber mais (em espanhol).

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Péssimo estado das calçadas da Avenida Nazaré

Quem passa por Anchieta, mais precisamente pela Avenida Nazaré, percebe o péssimo estado de nossas calçadas. Na dita avenida, em um trecho enorme, ao lado da encosta do Santa Edwiges, a calçada simplesmente não existe. O estado é esse:



Aí você pensa: "vou passar pro outro lado da rua". Bela tentativa! Vai lá, e olha o que te espera:




Alô, Secretaria de Conservação, de Obras, Região Administrativa e Subprefeitura!

domingo, 2 de outubro de 2011

Resultados preliminares do Censo 2010: Anchieta e Parque Anchieta

População
Anchieta - 55.652 moradores (52,6% mulheres e 47,4% homens)
Parque Anchieta - 26.212 (53,2% mulheres e 46,8% homens)

Domicílios
Anchieta - 19.298
Parque Anchieta - 9.307

Densidade demográfica
Anchieta - 14276.78 por km²
Parque Anchieta - 14113.75 por km²

domingo, 19 de junho de 2011

Escolas de Anchieta: Escola Municipal Abraham Lincoln

Abraham Lincoln nasceu em 1809 no Estado de Kentucky, no sul dos Estados Unidos. Filho de um homem da fronteira, teve que lutar para sobreviver, com esforços para estudar enquanto trabalhava em uma fazenda e dirigia uma loja em Illinois.

Lincoln foi capitão contra um levante dos índios, passou oito anos na Assembléia Legislativa do Estado de Illinois, no norte do país, e exerceu advocacia por muitos anos no circuito de tribunais.

Em 1858, Lincoln concorreu contra Stephen A. Douglas para o Senado. Ele perdeu a eleição. Mas no debate com Douglas ganhou uma reputação nacional que lhe valeu a indicação republicana para a disputa presidencial em 1860, que ele venceu com facilidade, devido ao colapso do Partido Democrata, decorrente da crise entre norte e sul em torno da escravidão (o norte era contra, e o sul, a favor).

Lincoln alertou o sul em seu discurso de posse: "em suas mãos, meus compatriotas insatisfeitos, e não nas minhas, se encontra esta questão momentosa da guerra civil". Para ele, a secessão era ilegal. Ele estava disposto a usar a força para defender a lei federal e a União. Quando as baterias dos confederados dispararam contra o Forte Summer e forçaram sua rendição, ele pediu aos estados 75 mil voluntários. Foi o início da Guerra Civil.

Como presidente, ele transformou o Partido Republicano em uma forte organização naciona, atraindo democratas do Norte para a causa da União. Em 1º de janeiro de 1863 ele divulgou a Proclamação da Emancipação que declarava a libertação dos escravos.

Na inauguração do cemitério militar em Gettysburg, Lincoln declarou: "Que todos nós aqui presentes solenemente admitamos que esses homens não morreram em vão, que esta Nação, com a graça de Deus, venha gerar uma nova liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparecerá da face da terra".

Ele venceu a reeleição em 1864, enquanto os triunfos militares da União prenunciavam o fim da guerra. Em seus planos para a paz, o presidente era flexível e generoso, encorajando os sulistas a baixarem suas armas e voltarem à União. O espírito que o guiava era claramente o de seu segundo discurso de posse, atualmente gravado em uma parede do Memorial de Lincoln em Washington, DC:

"Sem malícia contra ninguém; com caridade para com todos; com firmeza no correto, que Deus nos permita ver o certo, nos permita lutar para concluirmos o trabalho que começamos; para fechar as feridas da nação..."

Em 14 de abril de 1865, uma sexta-feira santa, Lincoln foi assassinado no Teatro Ford em Washington por John Wilkes Booth, um ator que achava estar ajudando o Sul. O resultado foi o oposto pois, com a morte de Lincoln, morreu a possibilidade de paz com magnanimidade.

Fonte: NetSaber

A Escola Municipal Abraham Lincoln fica na Praça João Moreira, S/N, Parque Anchieta.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ruas de Anchieta: Estrada Marechal Alencastro

Napoleão de Alencastro Guimarães nasceu em São Sebastião do Caí no dia 29 de março de 1899. Ele era filho de Pedro Alencastro Guimarães e neto do Tenente Coronel Antônio José da Silva Guimarães. Quem conhece um pouco da nossa história sabe que São Sebastião do Caí, antes de ser assim batizada, foi conhecida como Porto do Guimarães. Antônio José da Silva Guimarães foi um homem muito influente. Ele pode ser considerado até como o fundador da cidade. Se não chega a tanto, ele foi, pelo menos o líder mais importante da história inicial da cidade. Antônio José da Silva Guimarães nasceu em Porto Alegre no dia 2 de junho de 1809. Ele era filho de Antônio José da Silva Guimarães, nascido em Guimarães (Portugal) no dia 24 de janeiro de 1773.
O Tenente Coronel Antônio José da Silva Guimarães casou-se com Maria Faustina Centeno de Alencastro, filha de um rico fazendeiro de Capela de Santana. Por isto, seus filhos (e netos) tiveram o sobrenome Alencastro Guimarães.
Sobre a juventude de Napoleão de Alencastro Guimarães ainda não sabemos muito. É provável que ele tenha ficado pouco tempo no Caí. Sabemos que casou com Luiza Siebel (nascida em 1903) e foi pai de três filhos: Maria, João Vitor e Maria Tereza (nascidos nos anos de 1925, 27 e 29). Na maturidade viveu no Rio de Janeiro, então capital do país, onde tornou-se um político importante.
No ano de 1943 ele era diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil e foi figura destacada na festa de inauguração da estação estação Dom Pedro II, no centro do Rio de Janeiro. Na ocasião ostentava a patente de Major.
Napoleão de Alencastro Guimarães foi deputado federal, senador e ministro de estado. Por coincidência, Ministro da Indústria e Comércio, a mesma pasta que dez anos depois foi ocupada pelo seu conterrâneo Egydio Michaelsen. Elegeu-se senador em 1950.
Faleceu no Rio de Janeiro em 1964.
 

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Ruas de Anchieta: Rua General Augusto Sisson


A vida do primeiro filho de Sébastien Auguste Sisson e Marie Justine Falher Sisson foi repleta de feitos grandiosos na carreira militar.
Nascido em 04 de dezembro de 1863, iniciou sua carreira bem cedo incorporando-se ao Exército Brasileiro com 16 anos de idade.
Augusto Maria Sisson, que também era engenheiro militar, alcançou a patente de General em 17 de outubro de 1917, deixando marcado na história o resultado de um trabalho dedicado a inúmeros serviços prestados ao Brasil.
Sob o comando do Coronel Gomes Carneiro, o até então Capitão Sisson, assumiu o comando das forças de Artilharia participando da Revolução Federalista em 1894 na cidade de Lapa, no Paraná onde ocorreu o histórico “Cerco da Lapa”, episódio importante para a consolidação da República, quando a parte sul da cidade foi invadida pelas tropas revolucionárias rio-grandenses.

Sisson lutou bravamente com seus artilheiros por quase 30 dias até cessarem os recursos das tropas de resistência, tendo se destacado como um dos heróis daquele confronto. Por sua tenaz resistência, o 15° Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado situado em Lapa, recebeu a denominação histórica de “Grupo General Sisson” em 24 de outubro de 2002.

Ainda em 1894, Augusto Maria seguiu para Goiás após ser designado para a Comissão Demarcadora do novo Distrito Federal, chefiada pelo engenheiro e geógrafo Gastão Cruls.
Também como engenheiro militar, Sisson, após retornar da Alemanha onde assistiu as experiências de armar e desarmar cúpulas giratórias fabricadas pela Krupp, retomou as obras do Forte de Imbuí, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, desativado desde 1863, onde construiu uma cúpula encouraçada de origem alemã.

Na solene inauguração do Forte do Imbuí, o Marechal Mallet louvou o então Major Augusto Maria Sisson, engenheiro chefe das obras, com os seguintes termos:
Recordando, pois, assinalados serviços prestados por aqueles oficiais, mandei, em ordem do dia, louvar o Major Augusto Maria Sisson, pela inteligência, zelo, esforço e dedicação com que se houve, na parte que lhe coube no projeto, aquisição, fiscalização e execução das obras da Fortaleza de Imbuhy.
Também foram de sua responsabilidade as obras do Forte da Lage concluídas em 1902.

Em 1905, o Tenente-Coronel Augusto Maria Sisson foi nomeado Chefe da Comissão Construtora da Fábrica de Pólvoras sem Fumaça, em Piquete, Estado de São Paulo,  inaugurada em 15 de março de 1909, como a mais moderna fábrica de pólvora da América do Sul. Ainda hoje, no município, existe um busto de bronze de Sisson em frente ao antigo Cassino dos Oficiais.
Ainda em 1909, foi nomeado para as funções de Chefe do Serviço de Engenharia Militar do Rio Grande do Sul e em 1915 nomeado como Comandante da Escola Militar de Realengo quando ascendeu a General. O General Sisson permaneceu ativo até o último ano de sua vida como Presidente do Clube Militar do Rio de Janeiro e Chefe do Gabinete Militar do Presidente da República até que, em 8 de março de 1918, com 55 anos de idade, faleceu na cidade do Rio de Janeiro.

 Fonte: http://familiasisson.wordpress.com/biografias/membros-de-destaque/